Clássicos nunca morrem #3: O Blade Runner de 1997 é o que Cyberpunk 2077 deveria ter sido 20 anos antes! (mas vocês não estão prontos para essa conversa)
Ou estão?!
“Você será requisitado a fazer coisas erradas, não importa para onde vá[…] É a condição básica da vida, ser obrigado a violar a própria identidade. Em algum momento, toda criatura vivente deve fazer isso. É a sombra derradeira, o defeito da criação.”
- “Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?” (Philip K. Dick)
O ano é 2021. Estou com meu Cyberpunk 2077 nas mãos. Não enfrento muitos bugs como a maioria em meu gameplay, e nenhum que a comprometa. Mas o jogo é mediano. O modo história é curto, e a cidade, vazia. Não há muito o que se fazer nela. Há poucas mecânicas, e nenhuma inovadora.
O ano é 2024, estou jogando Blade Runner, de 1997. Ele é antigo, mas não é datado. Ele possui gráficos pixelados? Sim. Mas hoje isso já dito como charme. E possui mecânicas inovadoras, hoje já estabelecidas, mas para época, sim, inovadoras.
Dois jogos. Cyberpunks. Duas promessas.
Um cumpriu.
Ok que Cybperunk 2077 hoje se redimiu. Hoje ele cumpre o que prometeu, porém é inegável que em seu lançamento ele não bateu as expectativsa que criou em seus anos e anos de desenvolvimento.
A jornada de V., guiado por Johnny Silverhand, baseado no RPG Cyberpunk 2020 de Mike Pondsmith, sucesso dos anos 90, frustou todos os jogadores.
E o jogo Blade Runner, da Westwood Studios, lançado em 97, é um jogo que, embora tenha sido muito a frente de seu tempo, e que fez sucesso, ficou no esquecimento por um bom tempo alcançando um status de cult.
A história de passa paralela à caçada de Deckard, interpretado por Harrisson Ford no filme de Ridley Scott “Blade Runner: O Caçador de Andróides”. E jogamos com o caçador de recompensas (Blade Runner) Ray McCoy, que assim como o personagem dr Ford, se vê numa caçada atrás de replicantes (robôs que simulam o organismo humano).
Você passa por cenários conhecidos do filme e por personagens que Deckard encontra, como seu Rachel, por exemplo. É um esplendor, e embora por vezes possa parecer gratuito, não é, tudo é amarrado para que a trama seja coesa.
Mas o jogo brilha na gameplay.
Sendo do estilo point ’n’ click, o jogador pode fazer diversas perguntas e andar por um proto-mapa aberto. E a ordem que você interage com os personagens interfere na narrativa! Você pode coletar pistas, e gravações e estudá-las, podendo deixar passar detalhes, e tudo isso TAMBÉM interfere na história, e, consequentemente, no final do jogo.
Blade Runner de 97 com certeza é um jogo que foi a frente de seu tempo em vários aspectos. Com suas devidas limitações de sua época.
Ele recebeu uma versão remasterizada pela Nightdive Studios, que obteve algumas críticas. Eu tenho jogado a versão original que vem na versão da Steam, mas é a versão remasterizada que possui as conquistas da plataforma.
O filme, que foi um fracasso de bilheteria, também alcançando um status de cult posteriormente, é inspirado no livro do mestre da ficção científica Philip K. Dick “Androides Sonha com Ovelhas Elétricas?”, cujo filme segue a mesma premissa, mudando apenas alguns elementos, alguns essenciais para a trama da obra literária. O filme obteve uma continuação em 2019, com o subtítulo 2049, se passando trinta anos no futuro, onde vemos a jornada de auto conhecimento de K., ao passo que ele tenta resolver um mistério relacionado a Deckard que mode mudar o futuro dos replicantes.
Obrigado por lerem, e acompanhem que virão mais jogos clássicos! O próximo será Fallout, também de 1997! Ah, 1997! Um ano e tanto para os games!